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segunda-feira, 5 de abril de 2010

Pesquisadora estuda o uso de homeopatia para controlar parasitoses

A pesquisadora Carolina Camargo de Oliveira da Universidade Federal do Paraná (UFPR), recém chegada ao Brasil de seu pós-doutorado no Canadá, pretende avaliar a eficácia do uso de produtos altamente diluídos, com pouca ou nenhuma toxicidade, no tratamento de parasitoses e viroses. Segundo a coordenadora este é o eixo principal do seu estudo: comprovar cientificamente que tratamentos complementares podem ser efetivos, sem intoxicar o paciente. “A procura por terapias eficientes e não tóxicas é de relevância para o país, uma vez que há necessidade de estudos para avaliação da efetividade dessas terapias com a perspectiva de complementar e até mesmo substituir práticas terapêuticas hoje empregadas hegemonicamente pela comunidade médica. O nosso objetivo é caracterizar processos metabólicos e moleculares essenciais que possam resultar na eficiente eliminação de parasitas através de medicamentos altamente diluídos e sem toxicidade”, explica de Oliveira.
Os parasitas intracelulares são difíceis de serem combatidos. Oliveira afirma que os hospedeiros – como o mosquito Aedes Aegypti ou o barbeiro – transmitem os parasitas, que invadem as células do sistema imunitário, são capazes de escapar dos mecanismos microbicidas e sobreviver em nosso organismo, causando a doença. “Para entender como se dá o escape do parasita são necessários estudos detalhados sobre a interação a partir de uma visão molecular e metabólica. Devido ao uso da maquinaria das células do hospedeiro, os parasitas tornam-se difíceis de combater”, diz.
Este tema é abordado e discutido na pós-graduação em Biologia Celular e Tecidual da UFPR, a primeira especialização Lato Sensu da área no sul do Brasil. O estudo das células e tecidos é uma especialidade que abrange diversas áreas, como a biomedicina, ciências biológicas, farmácia, veterinária, entre outras. “Abordamos um campo crucial ao desenvolvimento de novas tecnologias nas áreas afins das Ciências Biológicas. São diversas linhas de pesquisa disponíveis ao estudante, que irá entrar em contato com professores-pesquisadores considerados autoridades no Brasil e no exterior em suas áreas. Com esse conhecimento, o profissional estará mais bem preparado para o mercado e, quem sabe, possa contribuir com novas soluções no segmento”, explica Carla Wanderer, coordenadora do curso.
As inscrições estão abertas até o dia 12 de abril e serão feitas unicamente pelos correios, sendo que o candidato deve enviar os formulários – disponíveis no site http://biocel.bio.ufpr.br/especializacao - e os documentos necessários por Sedex ou carta registrada. As aulas iniciam no dia 23 de abril e acontecem às sextas-feiras (18h30 às 22h50) e sábados (08h às 18h30) e seguem até 04 de dezembro. Ao total são 40 vagas disponíveis. Mais informações: http://biocel.bio.ufpr.br/especializacao.

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