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quarta-feira, 13 de abril de 2011

Legalmente filosófica‏

Estou em crise. Acho que as fichas baixaram... Calma, vou explicar o porquê. Adoro folhar revistas bacanas de viagens, de carros, de casas e de tudo que se possa conhecer e sonhar. Pois bem, folhando a última CASA Vogue, que por sinal está bárbara, encontrei três matérias excepcionais a saber: o apartamento de São Paulo de Pinky Wainer, a casa carioca, projetada por Claudio Bernardes, incrustrada na floresta da Tijuca do banqueiro multibiliardário Nat Rothschild e o apartamento da modelo predileta de Saint Laurent, Loulou Falaise em Paris. Descobri, passeando por aqueles espaços, que somos todos uns tupiniquins das araucárias. É isso mesmo. Já estão nos mostrando em publicações nacionais o caminho das coisas. A personalidade estampada nos ambientes é flagrante. A roda da fortuna gira gira e perdemos tempo em contratar decoradores e arquitetos que reproduzem, com técnica e perfeição, espaços comerciais, lojas de móveis e ambientes de mostras de decoração. Onde está aquele objeto de família, da profissão dos avós, as fotografias, os móveis antigos, as lembranças de viagem, os esportes, as maluquices de cada um? Não sei, talvez numa estantezinha escondindinha no escritório. Por que assim é que é chic.

A roda da fortuna gira gira e não nos damos conta de que estamos vendendo o que havia de mais precioso, de mais caloroso, de maior valor, nós mesmos, os donos do pedaço. Ah, só prá não me alongar, a roda da fortuna gira gira e as festas estão cada vez mais espetaculares e os jornalistas onde me incluo, mas lembre-se, em crise, divulgam no dia seguinte, a noiva, o aniversariante e quem? O badalado festeiro titular de todo aquele espetáculo, é claro. A roda da fortuna gira gira e não vi a família, travestiram a emoção, escondida pelo laço, atrás do bolo, de tão grande, perdi o abraço. A roda da fortuna gira gira amiga, mas não se deprima, gira gira, com charme e elegância. No dia das fichas, gira gira, não se esqueça: rayban escuro, calças jeans justas e bem cortadas, mocassim alto e preto, peça de alfaiataria para dar dignidade ao traje, é dia de meditação. Gira gira, gira gira....


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