Seguidores

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Ivo viu a uva. Vovó vai à Paris. Sou a própria Alice?

Notícia das mais infantis é aquela em que se enfileiram os parentes e amigos íntimos durante suas festas e viagens. Acontece que desejo dividir com vocês esse exemplo de vida, otimismo e felicidade que estimo e me espelho, minha avó, Josefina Maranhão. Aos 94 anos ainda mantém rotina independente e não cansa de viver. Escalou minha prima Heloisa Loureiro Rego para acompanhá-la em sua temporada na Europa. Nos ensina que o curso do mês de Maio é a época mais efusiva de Paris. Eles são brindados diariamente com um céu inigualavelmente azul. Sol ameno, além dos franceses disporem de uma alegria contagiante, por terem ultrapassado mais um período do interminável inverno francês. Ela é capaz de percorrer a Faubourg Saint Honorè do início ao fim.


Aprecia tudo aquilo? Mesmo as lojas mais extravagantes? Sim minha filha, Gaultier, Docce e Gabbana, são exemplificativos, conceituais, apontam tendências, estão à frente do nosso tempo. Cruza as portas do Plaza Athénée, só para dar uma espiadela, ao lado, na italiana Max Mara, anda, em passos rápidos, até a avenue Montaigne para ver as vitrines de Christian Dior, Lacroix, Louis Féraud e Nina Ricci, sobe a rue François, em direção à avenue George V, parando, na esquina da rue Marbeuf, para ler o que prepara o Chef André, do Chez André, para o jantar, apanha um vinho, patês e pães na La Maison Fauchon, da Georges V, e retorna ao Hotel em menos de 20 minutos. Pronto. Adorei o passeio, só de ouvi-la contar, Voilà.

Todos sabemos que estamos vivendo mais e melhor. Mas contarmos com essa expectativa de longevidade é também acreditarmos, cada vez mais, na vida, a cada minuto. Boa viagem vovó.

Nenhum comentário:

Postar um comentário